Cachi: um tesouro escondido no noroeste da Argentina

Cachi é um pequeno povoado de 5 mil habitantes a 2.280 metros de altitude, localizado na província de Salta, a 168 km da capital, no noroeste da Argentina.

Porém, o encanto dessa pequena cidade não se mede pelo seu tamanho. Cachi conta com belíssimas paisagens naturais, com uma grande diversidade de fauna e flora e com uma rica herança cultural e histórica, que pode ser vista em seus museus, igrejas e construções coloniais.

Por lá, também se encontram vestígios de antigas civilizações pré-colombianas, sítios arqueológicos rodeados pelas imponentes montanhas do Nevado de Cachi, o que forma uma combinação interessante: natureza e arqueologia.

Além da deliciosa gastronomia e de vinhos de excelente qualidade, a região de Cachi oferece ao visitante diversas opções de turismo rural, aventura e esportes, ou tão somente um lugar para descansar e relaxar.

Eu me apaixonei por Cachi e quero voltar. Neste artigo, compartilho as principais dicas e informações para quem visita Cachi pela primeira vez. Com certeza, você também vai se encantar com esse tesouro perdido no noroeste da Argentina.

Quando ir a Cachi?

Parreiral, Bodega Puna, Cachi

Visitar Cachi é agradável em qualquer época do ano. A estação “quente” ocorre de outubro e março, com temperaturas variando entre 9°C e 25°C. A estação fria, por sua vez, ocorre entre maio e agosto, com temperaturas variando entre -2°C e 16°C.

Raramente você encontrará temperaturas menores que -2°C ou maiores que 23°C. De maneira geral, podemos dizer que é sempre friozinho por lá. Enquanto dezembro é o mês mais quente do ano, julho é o mês mais frio.

O céu é quase sempre azul, com poucas nuvens. As chuvas ocorrem entre novembro e abril, sendo janeiro o mês com a maior precipitação.

Os turistas em geral preferem viajar para Cachi entre setembro e dezembro, pois a temperatura é mais amena e não chove tanto. 

Calendário Turístico de Cachi

O mês de julho é o que costuma ter mais eventos em Cachi. Nesse mês, geralmente, acontecem encontros de artesãos, feiras de produtos andinos, encontros de produtores de queijo, competições de cozinheiros da região e desfiles de roupas artesanais.

No mês de setembro, o destaque é observar uma peregrinação que parte de Cachi e Payogasta (povoado vizinho) com destino à cidade de Salta em homenagem ao “Señor y a la Virgen del Milagro”, patronos da cidade de Salta. O evento mobiliza um grande contingente da população local e a caminhada leva três dias e três noites até a chegada à Catedral Basílica de Salta. Para ver o quão impressionante é essa peregrinação, assista o vídeo aqui.

Em Janeiro, costuma haver o Festival da Tradição Kallchakí, no terceiro final de semana do mês, com diversas atividades e participação de artistas locais e nacionais.

Como chegar em Cachi?

É muito fácil e agradável chegar em Cachi partindo da cidade de Salta. São apenas 168km que são realizados em cerca 4-5 horas. Se você estiver estranhando o elevado tempo de deslocamento, lembre-se que fará muitas paradas no caminho e que nessa região uma parte da estrada é de rípio, notadamente a Ruta 33 (Cuesta del Obispo), o que impede que você ultrapasse os 50km/h.

Não desanime com a distância ou com o tempo de percurso, pois o caminho, por si só, é uma atração turística. Você nem perceberá o tempo passar com tantas paisagens impressionantes  no trajeto. 

É possível visitar Cachi de carro próprio, de excursão ou de ônibus regulares. A única opção que não recomendo é o ônibus regular, pois você não poderá parar para bater fotos e tenho certeza que irá se arrepender.

Saindo de Salta pegue a Rota 66, que, em boa parte, é asfaltada. Ao chegar em Chicoana, pegue a Ruta 33, que, como já mencionei, é de rípio e exige bastante cuidado na direção.

Se optar por uma excursão ou mesmo ônibus regular, eles farão o mesmo trajeto, porém, provavelmente com menos paradas.

Quantos dias ficar em Cachi?

É possível visitar Cachi em apenas um dia, mas, sinceramente, não recomendo. Dois dias é o ideal. Se você pretende fazer esportes de aventura, trilhas, tours ou visitar outras atrações, reserve um dia para cada uma desses passeios.

No nosso caso, partimos cedinho de Salta, passamos a manhã na estrada e chegamos a Cachi a tempo de conhecer as principais atrações no período da tarde. No dia seguinte, usamos a manhã para visitar as demais atrações, almoçamos em uma vinícola, e, logo após, seguimos viagem para Cafayate. 

O que fazer em Cachi?

Cachi é uma vila charmosa, fundada pelos espanhóis no sec. XVI, e o terceiro destino mais visitado na província de Salta. Casas baixas de estilo colonial e ruas de pedra contribuem para o encanto da cidade, cujo nome, em sua origem, significa “pedra do silencio” ou “lugar hermoso”.

Conforme mencionei, Cachi oferece aos turistas belas paisagens naturais, história e enoturismo. A seguir, confira as principais atrações!

1. Plaza 9 de Julio

Plaza 9 de Julio, Cachi, Argentina
Plaza 9 de Julio, Cachi

A Plaza 9 de Julio é o coração da cidade de Cachi. Moradores desfrutam da tranquilidade dos bancos dessa praça após caminharem pelas ruas de pedra da cidade. 

Ao redor da praça, estão vários restaurantes e a Igreja Matriz. No domingo pela manhã, a igrejinha fica cheia e quase tudo começa a funcionar apenas após o fim da missa.

2. Igreja San Jose de Cachi

Igreja San José de Cachi, Salta, Argentina
Igreja San José de Cachi

Cartão postal de Cachi, a Igreja San José foi construída no sex XVIII (1796) em adobe e com o teto em madeira de cardon (cacto).

Sua fachada é bem simples e, por isso, encantadora. Possui apenas 3 sinos no seu campanário e nenhuma arte ou desenho em suas paredes. Assim também é o seu interior. As paredes brancas são ornadas apenas por pequenos quadros e seu altar, não é ostensivo; possui apenas alguns nichos, sendo a figura central a imagem de Deus com 2 anjos ao seu lado.

O que mais gostei, foi o teto abaulado, mesclando o adobe com a madeira de cacto.

3. Cemiterio de Cachi e Mirador Norte

Cachi, Vista a partir do Mirador Norte, Argentina
Cachi: vista a partir do Mirador Norte

O Cemitério de Cachi e o Mirador Norte ficam numa colina a norte do centro da cidade. 

Chama a atenção, nesta colina, uma edificação branca com uma galeria de arcos ogival. Faz parte do Cemitério, mas muitos a acabam confundindo com um típico “cabildo” argentino. É uma construção do século XIX que pode ser vista de vários pontos da cidade. 

O cemitério é um lugar cheio de histórias e de personagens famosos para o povo local. Logo na entrada, é possível ver os primeiros grupos de túmulos compostos por cruzes de ferro forjado e mais abaixo, nichos e construções feitas com materiais mais modernos e convencionais, interpretando precisamente como, com o passar do tempo, setores específicos foram ocupados ao norte (fonte: Cachi Poesía en el Tiempo).

No dia 2 de novembro, quando se comemora o Dia das Almas, toda a cidade vem ao cemitério para deixar oferendas florais e outros elementos em homenagem a seus entes queridos falecidos. Nessa data, a necrópole torna-se um jardim multicolorido, com buquês e grinaldas de flores naturais e artificiais que estão dispostas em cada um dos túmulos (fonte: Cachi Poesía en el Tiempo).

Fora dessa época, é um cemitério comum. Entretanto, não deixe de visitá-lo em qualquer época do ano pois, a vista oferecida pelo Mirador Norte, um enorme platô situado ao lado, é de tirar o fôlego. De lá, é possível observar o povoado e apreciar a paisagem árida da região, com o Nevado de Cachi ao fundo.

4. Museu Arqueológico de Cachi Pío Pablo Díaz

Museu Arqueológico de Cachi Pio Pablo Díaz, Salta, Argentina

O Museu Arqueológico de Cachi foi fundado em 1964 como uma propriedade privada por iniciativa de Don Pio Pablo Diaz. Está alojado em um casarão de 1920 que possui em sua fachada externa vários arcos – típicos das construções dos cabildos. À  noite, ao ser iluminado, esse edifício rende belíssimas fotos. 

O museu é pequeno e possui um formato em U, com 4 salas divididas por períodos, nas quais estão expostos os diversos artefatos recolhidos entre 1969 e 1993.

Peças de cerâmicas, madeira, metal e equipamentos de caças encontrados por Don Pio Pablo e outros pesquisadores também podem ser apreciadas no museu.

O museu fica na Rua Caseros, 460, no centro de Cachi. Funciona todos os dias das 9h às 16h, exceto às segundas-feiras, quando permanece fechado. A entrada para estrangeiros é de 500 ARS (ref. out/2022) e crianças menores de 12 anos ou pessoas com deficiência não pagam.

5. Nevado de Cachi

Nevado de Cachi, Salta, Argentina
Nevado de Cachi (ao fundo)

O Nevado de Cachi é um conjunto montanhoso que pode ser avistado e apreciado de vários lugares da cidade. Tem esse nome porque há neve no seu topo durante todo o ano. É formado por 9 picos (cumbres), sendo que o maior deles, chamado de ‘El Libertador’, possui 6.380m de altitude.

É importante mencionar o respeito e admiração que os povos originários têm pelas montanhas andinas, consideradas entidades divinas.  

6. OVNIpuerto

OVNIPuerto, Cachi, Argentina
OVNIPuerto, Cachi

Ao visitar Cachi, não perca a oportunidade única de visitar um aeroporto de discos voadores a apenas 3 km do centro da cidade. O OVNIPuerto é um campo aberto, com poucas construções no seu entorno e, à noite, sem iluminação. Esse foi o local escolhido pelo suíço Werner Jaisli para que as aeronaves extraterrestres pudessem realizar seus pousos em Cachi.

A construção, em pedras brancas, possui 48 metros de diâmetro. Possui um circulo mais externo com 86 pontas,  e um outro interno, com uma estrela de 12 pontas no seu centro.

Infelizmente, sem um drone, as fotos não ficam tão legais, pois você não consegue ter uma visão global do local. 

7. Passeios de Bicicleta

É possível fazer passeios guiados de bicicleta pela cidade. São 3 roteiros disponíveis:

  • Passeio Cachi a dentro: 2h25m duração e 32 km percorridos
  • Passeio Casco Histórico: 25 min duração e 3,8km percorridos
  • Passeio Mirador Norte: 30 min de duração e 5 km percorridos.

8. Trekkings

Para quem gosta de aventuras, também é possível realizar alguns trekkings guiados. São 4 percursos disponíveis com duração de meio dia ou de 1 dia inteiro:

  • Cascada Las Pailas
  • Huaico Honda
  • El Algarrobal
  • OVNIpuerto

9. Parque arqueológico El Tero

El Tero é um sítio arqueológico localizado próximo ao centro de Cachi (1,2 km da Plaza 9 de Julio). Trata-se de um museu a céu aberto e um boa opção para conhecer um pouco da história dos povos originários dos Valles Calchaquís.

O sítio arqueológico, com 3 hectares de extensão, foi habitado entre os séculos X e XV por povos diaguitas, uma civilização pré-incaica. No século XV, esses povos estiveram submetidos ao Império Inca, mas não se sabe muito bem como foi a relação entre esses dois povos.

Na área externa do sítio, o visitante pode conhecer casas, “enterratorios”, espaços comuns e costumes dos povos diaguitas.

“Cada casa era composta por dois ou mais cômodos onde, em um deles, cozinhavam alimentos ou moíam grãos. Algumas dessas casas têm ‘enterratórios’ abaixo do nível do solo que são conhecidos como ‘cista’. Lá eles depositavam os corpos de seus falecidos e as crianças eram geralmente colocadas dentro de urnas que eram decoradas com iconografia Diaguita.

Uma das curiosidades sobre este local são os espaços que se destinavam à acumulação de resíduos. Esses tipos de lixões comunitários foram escavados e foram encontradas muitas pistas sobre a dieta dos primeiros habitantes de nossa terra.

El Tero e todas as aldeias dos Vales de Calchaquí foram complementados por terraços de cultivo e canais de irrigação que estavam nas proximidades. Lá eles cultivaram diferentes variedades de batatas, milho e quinoa, mas, com o tempo, o terreno natural cedeu e esses cultivos desapareceram. Eles também coletaram alfarroba e pimentas. O excedente de sua produção era armazenado e depois consumido nas estações de inverno.

Eles também caçavam animais como guanacos, quirquinchos e chinchilas. Posteriormente, prevaleceu a criação de lhamas.” (fonte: CachiSalta.com.ar)

Numa pequena edificação, encontra-se o Centro de Interpretação El Tero, que é um pequeno museu com cartazes explicativos sobre o sítio e sobre a cultura diaguita. Ademais, são expostas algumas peças de cerâmica usadas para o consumo de alimentos ou para rituais religiosos, tais como, os funerais. Essas peças foram resgatadas do próprio sítio e de locais adjacentes.

Por lá, ficavam os guias de turismo de uma organização comunitária, mas os últimos visitantes tem relatado que essa instalação ultimamente estava fechada. 

Em razão disso, é fundamental contratar um guia antes de seguir para lá, pois assim você aprende um pouco mais sobre o sítio e sobre os povos originários da região.

10. Bodega Puna 

Vista a partir da Bodega Puna, Cachi, Argentina
Vista a partir da Bodega Puna, Cachi

Bodega Puna é uma das mais famosas vinícolas de Cachi.  Está localizada em uma bela área, cercada por montanhas e parreirais. 

A sócia proprietária, Maria Carla Morizzio, comprou a fazenda em 2010 para descanso da família, porém, ao visitar as vinícolas da região de Rioja, encantou-se pelo processo vitivinicultor e resolveu começar sua própria produção.

A vinícola oferece passeios e degustações, e os visitantes podem aprender sobre o processo de vinificação desde o vinhedo até o engarrafamento e o envelhecimento.

São 250 mil garrafas de vinho produzidas por ano das mais diversas uvas, tais como, Cabernet Franc, Tempranillo, Torrontés e Malbec. A propósito, o Puna 2600 Malbec é um de seus vinhos emblemáticos e recebeu Medalha de Ouro no International Awards Virtus Lisboa 2022.

A vinícola está localizada no Caminho a la Aguada, Km 6,5, em Cachi, cerca de 8 km do centro da cidade. A estrada para a Bodega, entretanto, é de terra e o percurso de carro leva cerca de 15 minutos.

É possível realizar uma visita guiada das 10h às 11h15 e das 15h30 às 17h15. O tour dura cerca de 40 minutos e não há necessidade de reserva.  Também é possível fazer uma degustação de 4 vinhos acompanhada de pães e queijos (ARS 3200*) ou almoçar no local. 

Para almoço, que ocorre entre 12h e 15h, é possível escolher os pratos a la carte (em média ARS 1000*) ou o menu fixo harmonizado (ARS 4500*). Em ambos os casos, é necessário reservar a sua mesa.

*referência out/2022.

Optamos pelo almoço a la carte e provamos empanadas, salada e bife. Achamos os pratos razoáveis, mas não voltaríamos a almoçar lá. 

11. Bodega Isasmendi

Bodega Isasmendi, Cachi, Salta

A Bodega Isasmendi foi uma deliciosa surpresa. Localizada bem próxima ao centro de Cachi (dá para ir a pé), com certeza merece uma visita.

As terras nas quais se localizam a bodega foram compradas em 2005 pela família Isasmendi com o objetivo de construir uma casa de campo para descanso. Em 2010, entretanto, quando a família vem a Cachi para conhecer as terras, o sogro do Sr. Ricardo Isasmendi, um francês, que também é enólogo, encanta-se com a qualidade do solo e do clima e propõe a manutenção do pequeno vinhedo de uvas criollas que já existiam nas terras.

Em 2011, decidem plantar outros tipos de uvas nos 3 hectares disponíveis e assim nasce o vinhedo e a Bodega orgânica Isasmendi. Hoje, são produzidas cerca de 13 mil garrafas de vinho por ano das uvas Malbec, Tannat, Torrontes e Sauvignon blanc.

É possível fazer um tour gratuito pela vinícola todos os dias (exceto às quartas-feiras) das 16h30 às 18h.

Entretanto, o que mais gostamos, além do vinho, é claro, foi apreciar o por do sol no vinhedo. Peça um Assemblage e um prato de petiscos e simplesmente aproveite o espetáculo da natureza.

12. Bodega Miraluna

Bodega Miraluna, Cachi, Argentina

A Bodega Miraluna fica a uns 10 Km do centro de Cachi por uma estrada de ripio. É o vinhedo mais distante dentre os que comentamos nesse post. Por isso mesmo, talvez seja um dos mais tranquilos para visitar. 

Além da bodega, também possui 8 cabanas escondidas entre vinhedos e morros, com uma paz inigualável. 

A visita à bodega dura apenas 20 minutos e pode ser feita todos os dias das 11h às 13h e das 15h às 17h. As degustações podem ser combinadas diretamente com o guia.

Não tivemos a oportunidade de fazer a visita e a degustação, pois chegamos no horário errado.  Porém, provamos os vinhos da Miraluna durante nossa viagem e também gostamos bastante.

Guias Turísticos em Cachi

Abaixo, seguem alguns contatos de guias de turismo, indicados no Centro de Atenção ao Visitante de Cachi [tel. +54 3868 491902]. Espero que essa informação lhe ajude a programar melhor sua viagem!

Nome do Guia E-mail /Tel
Hilda Corimayo  guiahildacorimayo@gmail.com +54 387 4458635
 Nestor Taipa  tnroberto8@gmail.com +54 387 6051986
 Ariel Prieto  arielprieto470@gmail.com +54 387 5423109
 Fabiana Moya  +54 387 4837418

Onde comer em Cachi?

El Viejo Almacén de Cachi, Argentina
El Viejo Almacén de Cachi

Cachi é um vilarejo, logo, não espere uma grande variedade de restaurantes. 

De qualquer forma, foi lá que comemos as melhores empanadas da nossa viagem pelo noroeste da Argentina. Gostamos tanto que repetimos esse lugar sempre que batia a fome, o que nos impossibilitou de provar outros restaurantes e dar nossa opinião. 

Portanto, a dica de ouro para comer empanadas em Cachi é o El Viejo Almacén de Cachi. Você não vai se arrepender.

Outros restaurantes recomendados pelos viajantes são os seguintes:

  • Ashpamanta
  • Viracocha restaurante
  • Oliver Resto bar

Onde ficar em Cachi?

Hosteria Villa Cardon, Cachi, Argentina
Hosteria Villa Cardon, Cachi

Por ser um pequeno vilarejo, Cachi possui pouco mais de 30 estabelecimentos disponíveis para pernoite. Alguns deles, embora bem avaliados, como as Cabañas Puerta del Cielo e a Miraluna Bodega Boutique, estão distantes do centro, por isso, queria deixar aqui uma outra dica de ouro: hospede-se na Hosteria Villa Cardon.

A Hosteria Villa Cardon está localizada a apenas 200 metros da praça principal e tem nota 9.3 no booking.com. Essa nota, na minha opinião, é baixa pela qualidade do local.

São apenas 4 quartos muito bem decorados e confortáveis. Os proprietários mantiveram a estrutura da casa colonial, apenas adaptando algumas facilidades para que a casa pudesse ser transformada numa pousada. Mas, não é só apenas isso que nos encantou.

O cuidado com os hóspedes é perceptível em todos os detalhes. Logo na chegada você é recepcionado pelo Sérgio que oferece um suco ou um café, além, é claro, de um bom papo.

O café da manha é super caseiro. Os pães e geleias são feitos na própria pousada e chegam à mesa fresquinhos. Um deleite para o paladar. Não posso deixar de citar também os mimos que encontramos no quarto e a qualidade do enxoval.

Quando voltar a Cachi, não cogitarei ficar em nenhum outro lugar e sugiro que você também não! Para saber mais ou fazer sua reserva, clique aqui.

Em Resumo

Cachi é um vilarejo encantador na província de Salta, na Argentina. Definitivamente, o encanto do lugar não se mede pelo seu tamanho.

Apreciar as belíssimas montanhas do Nevado de Cachi, ver o tempo passar tranquilamente na praça, caminhar por suas ruas de pedra, comer as melhores empanadas da viagem e tomar um vinho delicioso, fizeram com que eu adorasse ter passado por lá.

Sem dúvida, é uma excelente parada para quem percorre a Ruta 33 e para quem visita Cafayate.

Quer conhecer outro lugar incrível? Não deixe de ler o artigo do Blog Voyajando: O que ver em Paris em pouco tempo? Nosso roteiro a pé!

Luciana Mardegan

Médica, 42, apaixonada por pessoas, sabores e novas culturas.

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