Hong Kong: onde o Ocidente encontra o Oriente

Em julho de 2011, visitei Hong Kong (HK), uma Região Administrativa Especial (RAE) da China, pela primeira vez. Desde então, retornei várias vezes a esta cidade-estado que é um dos destinos turísticos mais incríveis do mundo.

Conhecida pelo seu Skyline, repleto de prédios altos, Hong Kong também possui muitos parques, áreas verdes, praias, ilhas, templos e outras atrações capazes de encantar ocidentais e orientais.

Hong Kong foi uma colônia britânica desde a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842) no Século XIX até julho de 1997, quando o controle foi devolvido à China. Entretanto, segundo o acordo de devolução, Hong Kong goza de ampla autonomia, o mesmo ocorrendo com Macau, ex-colônia portuguesa.

A autonomia é tamanha que Hong Kong possui leis de imigração, moeda e leis penais próprias. Em Hong Kong, vigoram as liberdades civis que não são encontradas na China Continental (Mainland China).

Mapa de Hong Kong (fonte - wikipedia)
Mapa de Hong Kong (fonte – wikipedia)

Inicialmente, Hong Kong estava restrita à Ilha de Hong Kong, atual centro financeiro da cidade. Posteriormente, foi incorporada a região continental de Kowloon e, por fim, uma grande região continental chamada de New Territories.

Diversas ilhas também fazem parte da Região Administrativa, tais como, a ilha de LantauTsing YiLamma IslandCheung Chau e Chek Lap Kok, onde está situado o impressionante Aeroporto Internacional.

A influência dos 156 anos de colonização britânica é grande ao ponto de HK ser considerado o ponto onde o Ocidente encontra o Oriente.

Do ponto de vista econômico, Hong Kong é um exemplo de economia capitalista liberal, caracterizada por baixa tributação e livre comércio. Isso faz com que a região administrativa seja um paraíso para as compras. Muitos produtos feitos na China Continental são escoados pelos Portos de Hong Kong. Devido à baixa tributação, são mais baratos que na própria China.

Como chegar a Hong Kong?

Pousando no Aeroporto de Hong Kong
Pousando no Aeroporto Chek Lap Kok

Não há voos diretos do Brasil para Hong Kong. É necessário fazer uma ou mais conexões. Entretanto, há diversas opções de rotas e companhias aéreas que levam os turistas brasileiros até o Aeroporto Internacional Chek Lap Kok (HKG), que serve a região administrativa.

  • Exemplos: Qatar Airways (conexão em Doha), Emirates (conexão em Dubai), South African (conexão em Joanesburgo), KLM (conexão em Amsterdã), Turkish Airlines (conexão em Istambul), Air France (conexão em Paris), British Airways (conexão em Londres), Air Canada (conexão em Toronto), Lufthansa (conexão em Frankfurt), American Airlines (conexão em Dallas-Fortworth) e United (conexão em Chicago).  Você também pode viajar com a Air China e com a Ethiopian, mas, com estas empresas, terá que fazer duas conexões.

Uma das opções mais tranquilas é fazer conexão em Joanesburgo (JNB). Você pode chegar cedo em Joanesburgo, fazer um passeio pela cidade e depois pegar o voo para HKG no final da tarde.

  • Minha sugestão: escolha a companhia mais barata e evite fazer conexão nos EUA ou no Canadá, que exigem vistos de trânsito para brasileiros.

Vistos

Cidadãos Brasileiros e Portugueses não precisam de visto para entrar e permanecer em Hong Kong por 90 dias, para fins de turismo, o mesmo não ocorrendo com a China Continental.

Se quiser visitar Macau, outra região administrativa especial da China, também não é necessário o visto.

Se quiser ir para Shenzhen, uma cidade vizinha, ou para Guangzhou, por exemplo, na província do Cantão é necessário visto chinês.

Como se deslocar na cidade?

Mapa do Metro de Hong Kong
Mapa do Metro

Para o turista, a cidade oferece diversas atrações. Não é necessário contratar passeios ou city-tours em agências de viagem.

A maior parte das atrações da região administrativa pode ser acessada por meio do sistema de transporte público, que é excelente.  O MTR é o metrô que cobre as principais atrações.

Placas - Metro de Hong Kong - MTR
Indicação das Saídas do Metrô e suas atrações.

A sinalização nas ruas e nas estações de MTR também é muito boa. Em cada estação, há a indicação da saída mais próxima da atração a ser visitada.

Para as atrações onde não há cobertura de MTR, é possível pegar os ônibus, geralmente de dois andares, que circulam pela cidade.

Sinalização nas ruas em Hong Kong
Sinalização nas ruas em Hong Kong

Em cada ponto de ônibus, há informação sobre as linhas que passam por aquele ponto, os seus trajetos, incluindo os pontos de conexão com o MTR, os preços (que podem depender do trajeto) e uma estimativa de horários.

Octopus Card
Octopus Card

Para utilizar o sistema de transporte na cidade, é fundamental adquirir o Octopus Card, um cartão recarregável, que lhe permite utilizar todos os meios de transporte da cidade, incluindo o Star Ferry, os taxis e ainda fazer compras em algumas lojas como o 7-Eleven (A propósito, em HK, tem uma em cada esquina).

No próximo post, vamos falar sobre as principais atrações de Hong Kong.

Até lá!