Helsinque é a capital e maior cidade da Finlândia, um país nórdico situado na região chamada Fino-Escandinávia. Helsinque, além de ser um destino turístico em si, também é a porta de entrada para quem pretende visitar a Lapônia e ver a aurora boreal ou conhecer a famosa Casa do Papai Noel.
Num outro post, falamos sobre as dicas essenciais para quem vai a Helsinque: como chegar; onde se hospedar; onde comer; como se deslocar e o que fazer na cidade. Leia aqui.
Neste artigo, faço uma avaliação pessoal da cidade: será que vale a pena incluí-la nos seus roteiros de viagem? Confira!
Vale a pena visitar Helsinque?
Para avaliar esse destino, vamos ponderar seus pontos positivos e seus pontos negativos sob o ponto de vista exclusivo dos turistas.
- Não tenho condições de avaliar a cidade sob o ponto de vista de quem quer estudar, trabalhar ou pesquisar, por exemplo, em áreas de inovação e tecnologia. Tenho lido que a cidade se destaca nessa área e, eu mesmo tive uma amostra disso, ao observar nas ruas testes realizados com novos veículos inovadores (sem motoristas, etc.).
Como pontos positivos, destaco que a Helsinque é uma cidade limpa, arrumada, segura e que preza pela sustentabilidade ambiental. Conta com uma excelente infraestrutura de transporte e é muito amigável ao ciclista e ao pedestre.
Muita coisa pode ser explorada a pé. Além disso, as pessoas são educadas e honestas, o que é compatível com o elevado grau de desenvolvimento socioeconômico do país.
Um ponto positivo do país é que ele integra a Zona do Euro. Portanto, você leva Euro e não precisará fazer uma segunda operação de câmbio. Hoje em dia, entretanto, com o real desvalorizado, esse fato pode ser entendido sob um viés negativo.
Apesar disso, Helsinque não é um bom destino turístico, especialmente para nós, os visitantes dos trópicos.
Em primeiro lugar, a cidade é cara. A acomodação e os serviços de alimentação e transporte são caros. Bebida Alcoólica (cervejas ou vinhos) também é cara em relação aos padrões europeus. Imagine em pagar 7,5 Euros por uma cerveja e 12 Euros por uma taça de vinho.
Em segundo lugar, Helsinque é fria. Ademais, pode chover bastante em determinadas épocas do ano, especialmente, no inverno. Nessa estação, o período de iluminação diário se reduz bastante podendo chegar a apenas 6 horas diárias. Imagine só ver o sol nascer às 9hs e se por às 15hs. Eu passei por isso em Estocolmo. É depressivo!
Em terceiro lugar, Helsinque, fora do verão, não é uma cidade viva. É uma cidade triste com poucas pessoas nas ruas e nos parques.
Por fim, suas atrações turísticas não são assim tão interessantes. Digo, podem até ser boas, mas nada que justifique alterar seus roteiros de viagem.
A Catedral de Helsinque, por exemplo, é bonita por fora, mas, por dentro, é bem sem graça. A Catedral Ortodoxa, por sua vez, não se compara às catedrais que visitei em Kiev, Moscou ou Kazan.
Quando pesquisamos os day trips disponíveis a partir de Helsinque, encontramos, principalmente, a visita a Tallinn, na Estônia, o que evidencia a falta de atrações.
O que mais gostei de Helsinque foi visitar as Ilhas de Suomenlinna. Caminhar pelas trilhas, visitar a fortaleza e os museus, bem como, apreciar a vegetação no outono foi muito interessante.
É importante lembrar que, para a maioria de nós, o tempo e os recursos financeiros são limitados. Incluir uma cidade no roteiro de viagem implica, geralmente, retirar outra. Particularmente, eu prefiro São Petersburgo, Tallinn ou Estocolmo a Helsinque.
Conclusão
Apesar de ser uma cidade limpa, segura e arrumada, Helsinque é cara e não tem atrativos tão interessantes capazes de fazer você incluí-la nos seus roteiros de viagem.
Trata-se, obviamente, de uma opinião, baseada na minha experiência pessoal de viagem a Helsinque, no outono. Além disso, tudo tem a ver com o que você viveu no destino, os momentos que passou. Obviamente, quem visitou no verão ou numa época de festivais (exemplo, Natal) provavelmente teve uma experiência bem diferente e melhor.
A minha recomendação para quem quer conhecer Helsinque é fazer um day trip a partir de Tallinn, na Estônia. Se você gostar, você retorna e fica mais tempo na cidade. Volte, preferencialmente, no verão.