3 dias em Montreal: uma cidade bilíngue no Canadá

Bank of Montreal Museum

Montreal é a maior cidade da província francófona de Quebec, no Canadá. Uma belíssima cidade, com muitas atrações e pessoas atenciosas e prestativas. É uma cidade verdadeiramente bilíngue, onde as pessoas falam francês e inglês de forma tão natural (como um primeira língua) e intercambiável.

Já visitamos vários lugares no mundo com mais de uma língua oficial (Hong Kong, Macau, Singapura, África do Sul, etc.), mas em todos eles, apenas uma das línguas é falada de forma natural pelos seus habitantes.

Pousamos no Aeroporto Internacional Pierre Elliott Trudeau de Montréal (YUL)  num voo da Air Canada proveniente de Vancouver (YVR). São aproximadamente 4h45 minutos de voo num Boeing 767 ou 777. Mas, há uma grande diferença de fuso (3 horas).  O voo parte às 9:00hs e chega às 16:45hs, nos horários locais.

Como ir do Aeroporto até o Centro?

Ônibus 747
Ônibus 747

Pegamos o ônibus 747 Express, que liga o Aeroporto de Montreal e o centro da cidade e desembarcamos na parada “De La Montagne”, próxima ao nosso hotel.

Saiba mais sobre o trajeto e a parada do 747 Express, clique aqui.

Trajeto do ônibus 747
Trajeto do ônibus 747

É a única opção de transporte público para a cidade de Montreal. Há uma estação de trem da Via Rail em Dorval, nas proximidades do aeroporto, com conexões para outras cidades (Montreal, Ottawa, Quebec City). Você pode pegar um mini-ônibus gratuito do aeroporto para a estação.

Onde se hospedar em Montreal?

Ficamos no Novotel Montreal Centre, que fica na Rue de la Montagne. É um excelente hotel, seguindo o padrão do Novotel pelo mundo à fora. Conseguimos uma promoção da rede Accor com desconto de 50%. Não deixei de aproveitá-la.

Os quartos são bons, o atendimento também e o hotel dispõe de facilidades como fitness center e restaurante.

O único ponto negativo foi o wi-fi gratuito, que era muito lento. Comprei um wi-fi (high-speed) por 10 CAD (dólares canadenses), mas só no check-out soube que estava incluído no pacote.

Dia 1

Era outubro, mas já fazia um frio terrível na cidade, com vento. Vancouver tinha um clima bem mais agradável.

Gare Centrale

A primeira coisa que fizemos ao chegar em Montreal foi conhecer os entornos do hotel. Fomos procurar a Gare Centrale, a estação principal de trem (Via Rail), de onde partiria, em três dias, o nosso trem para Toronto.

Perpendicular à Rue de la Montagne está o Boulevard René-Lévesque O, que é uma das principais avenidas de Montreal, se não for a principal.

O acesso a Gare Centrale é feito por esta avenida, mas é bem escondido. Numas portas estreitas, sem quaisquer indicações, você desce algumas escadas rolantes e chega até a estação subterrânea, onde poderá encontrar diversas lojas e cafés.

Underground City

Underground City, Montreal
Underground City, Montreal (Fonte: Wikipedia/Creative Commons)

A estação também dá acesso à Underground City, que é um conjunto de caminhos subterrâneos, com diversas lojas inclusive, ligando vários prédios de Montreal.

A rua do nosso hotel também está perpendicular a Rue Sainte-Catherine O, que é uma rua comercial, com lojas, restaurantes, supermercados, livrarias, etc.

Flammekueche
Flammekueche. By Jessica from Hove, United Kingdom (Flammkuchen) [CC BY 2.0 (https://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons
Jantamos no Les 3 Brasseurs Crescent nesta rua. O ambiente se parece mais com o de um bar do que um restaurante propriamente dito. Provamos as famosas Flammekueches, que são muito parecidas com as nossas pizzas. Foi uma de 5 queijos e outra Provençale.

Flammekueche
Menu de Flammekueches no Les 3 Brasseurs Crescent

A comida estava ok. O atendimento foi bom. Gasto total de 40 CAD.

Dia 2

No segundo dia em Montreal, tomamos café na Gare Centrale e caminhamos até a Old Montreal (Vieux – Montreál). São aprox. 15-20 minutos de caminhada da Gare Centrale.

Museu do Banco Central

A primeira parada foi no Museu do Banco de Montreal, em frente à Basílica de Notre-Dame. A entrada é gratuita. O museu é muito pequeno, mas ilustra um pouco sobre a evolução da moeda canadense que, inicialmente, era emitida por um banco privado.

Basílica de Notre-Dame de Montreal

Basílica Notre-Dame de Montreal
Basílica Notre-Dame de Montreal

A segunda parada foi na Basílica de Notre-Dame de Montreal. A Basílica é simplesmente lindíssima, imperdível, talvez a melhor atração da cidade.

Basílica Notre-Dame de Montreal
Basílica Notre-Dame de Montreal

Impossível não se encantar com as cores do altar e com as obras de arte que adornam o templo. A entrada custa 6 dólares canadeneses (CAD). Os horários de visitação são de segunda à sexta-feira, das 8 às 16:30hs; sábados, das 8 às 16hs; e domingos, das 12:30 às 16hs.

Confira a seguir.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Uma publicação compartilhada por ClasseTurista (@classeturista) em

Marché Monsecours

Caminhamos, então, até o Marché Monsecours, um mercado na região do Porto Antigo, com lojas, cafés, etc. Foi um mercado tradicional de Montreal por mais de 100 anos e chegou a hospedar o parlamento.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Uma publicação compartilhada por ClasseTurista (@classeturista) em

Mas, fora o aspecto histórico, não vimos nada especial. Mas, foi uma boa parada para um café, naquele frio.

Biosfera de Montreal

Biosfera de Montreal
Biosfera de Montreal

O próximo destino foi a Biosphère de Montréal, que fica na Ilha de Santa Helena (Île Sainte-Hélène). O melhor jeito de chegar à atração é de metrô. Basta descer na estação Jean-Drapeau (Linha 4 – amarela), onde você encontrará também um parque de mesmo nome.

A Biosfera de Montreal é um museu ambiental, que explora temas relativos à meteorologia, clima, água e qualidade do ar. O museu oferece exibições científicas e atividades guiadas voltadas a conscientizar os visitantes acerca das questões ambientais e de fazer escolhas ambientalmente responsáveis.

Biosfera de Montreal
Biosfera de Montreal

Posso dizer que valeu muito à pena visitar este museu. Aprendi muito!

Em primeiro lugar, assistimos uma palestra incrível sobre ciclones (30 minutos).

Descobrimos como são formados e como se propagam.  Muitos dos ciclones que atingem o Caribe e a América do Norte tem origem no continente africano! Além disso, o aquecimento dos oceanos fará com que regiões que anteriormente não atingidas por ciclones, sejam no futuro.

Assistimos uma palestra sobre design do futuro. No piso superior, pude ver uma exposição sobre energias alternativas. Por fim, outra exposição sobre poluição das cidades. Estava chovendo e não pudemos aproveitar muito a parte externa do museu.

Entradas: Adultos: 15 CAD, Seniors (65+): 12 CAD, Estudantes (18+): 10 CAD

Menores de 18 anos não pagam.

Pegamos, então, o metro até a Gare Central, onde fizemos uma rápida refeição. Como estava chovendo, retornamos ao hotel pela Underground City até o ponto mais próximo que conseguimos..

Jantamos no restaurante do hotel. Pasta e Vinho para 2 pessoas (62 CAD). Boa refeição.

Dia 3

Após tomar café na Starbucks numa das ruas paralelas ao hotel, pegamos o metro e seguimos para a região do Parque Olímpico.

Parque Olímpico de Montreal

Parque Olímpico de Montreal
Parque Olímpico de Montreal

Os jogos olímpicos de Montreal ocorreram em 1976. Para chegar lá, você pode descer na estação Pie-IX ou Viau.

A primeira parada foi no Planetário (Planetarium Rio Tinto Alcan), onde assistimos filmes sobre o Dark Universe e uma apresentação sobre Plutão (ambas em Inglês). Mas, também há apresentações em francês, se desejar.

Vista do Parque Olímpico de Montreal
Vista do Parque Olímpico de Montreal

A segunda parada foi na Torre. A subida é feita por meio de um funicular. E a vista lá de cima, tanto da cidade quanto do parque olímpico, é incrível!

Vista do Parque Olímpico de Montreal
Vista do Parque Olímpico e da cidade de Montreal

Mont-Royal

A terceira parada foi no Mont-Royal. Para isso, fomos até a estação Mont-Royal do Metro e pegamos o ônibus #11 para subir o monte. Há uma parada de ônibus num Mirante e uma próxima ao Chalêt. Preferimos esta segunda opção.

Chalêt do Mont Royal
Chalêt do Mont Royal

Parque Mont-Royal, que está localizado neste monte, é muito bonito, especialmente nesta época em que as folhas secas caem no solo formando um tapete amarelo.

O local é muito agradável para caminhar e praticar esportes.

Para chegar ao Chalêt, são aprox. 10 minutos de caminhada a partir da parada de ônibus. Em frente ao Chalêt, tem-se também uma vista panorâmica e incrível da cidade, até melhor que a da Torre. Com a vantagem de ser gratuita!

Vista de Montreal a partir do Mont Royal
Vista de Montreal a partir do Mont Royal

Descemos o Monte caminhando a partir do Chalêt. Há várias escadas que, ao final, te deixam no final da Rua Peel. A propósito, o Maps Google ajudou muito para encontrar este caminho.

Descendo o Mont Royal
Descendo o Mont Royal

À noite, fomos jantar no Bellagio Ristorante, um restaurante italiano localizado na Boulevard de Maisonneuve O. Boa comida e fomos atendidos por um Português radicado no Canadá.

Dia 4

Acordamos cedo para pegar o trem para Toronto.

Montreal é uma cidade limpa, organizada, bonita, com pessoas educadas, e com vários atrativos para o turista. Merecem destaque as atrações culturais, como a Biosfera e o Planetário. Posso dizer que aprendi muito em Montreal!  Não é uma cidade barata (na época em que fui, a cotação do Real estava muito em desvantagem), mas, ainda assim, vale muito uma visita. Nossa sugestão é passar de 3 a 5 dias na cidade.

Previous Article

Dubrovnik, Croácia: 5 atrações imperdíveis na pérola do Adriático

Next Article

Toronto: 2 dias na maior cidade do Canadá

Write a Comment

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *