Meknès é considerada uma das cidades imperiais do Marrocos, ao lado de Fez, Marrakesh e Rabat, por ter sido uma das capitais durante o reinado do Sultão Alauita Moulay Ismail.
O centro histórico é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco. Foi construído há mais de 350 anos e continua a abrigar mesquitas, palácios e jardins. A cidade histórica é rodeada por uma enorme muralha de 40 km, com ameias e torres. (fonte: Wikipedia).
No caminho de Rabat a Fez
Havíamos contratado uma agência de viagens para nos levar de Rabat para Fez, e aproveitamos para visitar Meknès, Volubilis e Moulay Idriss, que ficam no caminho.
Contratamos a Olive Branch Tours em Casablanca. A excursão não foi barata (665 Euros para 5 pessoas), mas o serviço foi de excelente qualidade.
- Você pode contratar um day trip para essas cidades a partir de Fez, no Marrocos. A opção costuma ser até mais econômica. Saiba mais, clique aqui. Para chegar até Fez, você pode tomar um trem de Casablanca ou Rabat.
O trajeto até Meknès dura 2 horas a partir de Rabat.
Praça Lahdime e Palácio Dar Kebira
A primeira parada foi na Praça Lahdime, onde visitamos o Palácio Dar Kebira e o Mercado de Meknès.
O Palácio Dar Kebira fica em frente à Praça. Basta cruzar a rua. O palácio também foi construído por Moulay Ismail no século XVII.
- Moulay Ismail dirigiu e supervisionou a construção de toda cidade imperial e, por vezes, participou ele mesmo da construção, juntando-se aos trabalhadores.
A propósito, a Porta do Palácio é belíssima!
Seguimos até o Mercado, com muitas azeitonas, ameixas, doces e outras guloseimas.
Mausoléu do Moulay Ismail
Em seguida, fomos até o Mausoléu do Moulay Ismail, mas, infelizmente, estava em restauração e não foi possível visitá-lo. O mausoléu é uma antiga mesquita transformada em um local de sepultura, onde o sultão alauita descansa junto a uma das suas esposas e dois dos seus filhos. É uma das principais atrações de Meknès.
Hri Souani – Les Greniers de Moulay Ismail
Entretanto, foi possível visitar Hri Souani, um complexo onde está situado o Granero de Moulay Ismail (Les Greniers de Moulay Ismail).
O Granero, como o próprio nome diz, era um local de estoque de alimentos. Dividido em várias salas, o granero tem paredes grossas, o que permite que as salas mantenham uma temperatura adequada para a preservação dos alimentos. Os sótãos são equipados com poços que antes serviam para o abastecimento de água.
- Você sabia? Hri Souani foi usado como locação para o filme A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese (1988).
No final do complexo, havia um estábulo (Dar el Ma) com capacidade para 12 mil cavalos!
Medina de Meknès
Em seguida, fizemos um passeio pela Medina de Meknès. Como eu já falei num post anterior, Medina é uma cidade antiga murada, onde atualmente se encontram várias lojinhas vendendo artesanatos, tapetes, metais etc. Você vai encontrar medinas nas principais cidades do Marrocos.
Mas, como era sexta-feira, muitas lojas da Medina de Meknès estavam fechadas.
Restaurante Palais Terrab
Essa foi a nossa visita a Meknès. Almoçamos no Restaurante Palais Terrab, antes de seguir para a Volubilis.
O menu incluía entradas (azeitonas, batatas, pão), prato principal e sobremesa. Comi um CusCus de carne bovina, bem mais ou menos (seco).
A sobremesa, entretanto, foi esse belíssimo prato de frutas.
Preço total do menu: 130 MAD por pessoa.
Ponto negativo: O garçom era bem desagradável, insistindo em sua gorjeta.
Volubilis – A cidade romana no Marrocos
Em seguida, fomos à Volubilis, que foi uma cidade romana e está razoavelmente preservada, com todos os componentes: templos, tribunais, habitações, foro, ágora, e, até mesmo, um bordel. Volubilis fica a 30 km de Meknès.
- Volubilis cresceu rapidamente sob o domínio romano a partir do século I a.C. até ocupar uma área de aproximadamente 40 hectares, rodeada por muralhas com 2,6 km de perímetro. No século II a cidade foi dotada de uma série de edifícios públicos, nomeadamente uma basílica, um templo e um arco do triunfo. Por volta do ano 285, a cidade foi tomada por tribos locais, mas nunca foi reconquistada por Roma devido à sua localização remota e de difícil defesa, na fronteira sudoeste do Império Romano. Entretanto, continuou a ser habitada durante pelo menos mais 700 anos, primeiro como uma comunidade latinizada cristã, e depois como uma localidade islâmica. (Fonte: wikipedia)
A visita ao sítio arqueológico é guiada. E as explicações que tivemos do guia foram sensacionais.
Para ter uma ideia da grandiosidade da cidade e cada um dos seus componentes, confira o mapa a seguir.
A visita a Volubilis durou aproximadamente uma hora.
Moulay Idriss Zerhoun
Fizemos, então, uma ligeira passagem por Moulay Idriss Zerhoun, mas a cidade, que fica a 4 km de Volubilis, não me chamou tanta atenção assim.
- Moulay Idriss Zerhoun é uma pequena cidade, considerada sagrada para os muçulmanos. Lá se encontra o mausoléu do próprio Moulay Idriss, fundador da cidade e da primeira dinastia árabe e muçulmana do Marrocos. A propósito, o Moulay Idriss é descendente direto do profeta Maomé.
Dentre as atrações da cidade, destacam-se o Mausoléu de Moulay Idriss e o Monte Zerhoun, mas não visitamos no nosso passeio.
Barragem Sidi Chahed
E seguimos rumo a Fez, com direito à parada no caminho, nas proximidades da Barragem Sidi Chahed.
No local, havia uma lojinha com vários produtos de artesanato da região, bem como frutas.
Já era noite quando chegamos a Fez. Só começaríamos a explorar a antiga cidade imperial no dia seguinte. Confira no próximo post!