Jericoacoara é uma antiga vila de pescadores localizada no litoral oeste do Ceará. Destino bastante procurado por brasileiros e estrangeiros, Jeri é conhecida pelas suas dunas, suas praias extensas de águas quentes e claras, salpicadas de redes coloridas e por sua vila pitoresca.
São dois os principais day trips que podem ser feitos a partir de Jericoacoara: o passeio do lado leste e o passeio do lado oeste.
Para saber como é o passeio do lado leste, leia nosso post.
O passeio do lado oeste inclui o Parque Nacional de Jericoacoara, a região de Mangue Seco, uma travessia de balsa e as belíssimas Dunas de Tatajuba.
Em algumas épocas do ano, as lagoas interdunares podem estar mais vazias e não tão bonitas, por isso, talvez seja interessante prolongar seu passeio (com custo extra) até a Praia e a Vila de Tatajuba e aproveitar o dia em um dos restaurantes na Lagoa da Torta, que por ser bastante extensa, está sempre cheia e agradável para um mergulho.
Fizemos o passeio com o Sergião, um bugueiro chileno que foi bastante pontual e cuidadoso na direção. Saímos de Jeri às 9h e retornamos por volta das 16h.
O passeio de buggy privativo custa entre R$ 450 e 550 por veículo e costuma ser oferecido nas principais agências de Jericoacoara. Como esse passeio não é o mais procurado, não há necessidade de sair mais cedo para evitar aglomerações.
Confira a seguir os principais pontos visitados!
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1. Praia de Jericoacoara
O passeio parte do centrinho da Vila de Jeri, passa ao lado da Duna do Pôr do Sol e vai percorrendo a Praia de Jericoacoara em quase toda a sua extensão.
É uma praia bastante ampla e você pode aproveitar para tirar várias fotos. Não costuma haver parada para banho pois isso você pode fazer na própria vila.
2. Travessia de Balsa
O percurso de buggy vai pela praia até o Rio Guriu, na divisa com o município de Camocim/CE, passando ao lado da Reserva Ecológica Cavalo Marinho.
Nesse ponto, atravessamos o Rio Guriu em balsa bem simples, com um pequeno motor. A travessia já está inclusa no pacote e dura uns 3 minutos.
3. Cavalos Marinhos
É possível, após a travessia, fazer um passeio para conhecer os cavalos marinhos por R$ 25 por pessoa. Os animais são retirados do seu habitat e colocados em vidros ou bacias para que os turistas batam fotos.
Dizem que a comunidade local recebeu orientações do ICMBIO para o manejo responsável dos animais. Mesmo assim, não recomendamos fazer essa visita! Esse tipo de turismo é predatório e totalmente desnecessário. Por isso, pulamos a atração.
“Um simples toque remove a proteção natural (muco) que eles têm no corpo prejudicando a sua saúde, imagine só retirar da água pra colocar dentro de potes! Isso é um crime”, ressalta o protetor animal Apollo Maychrovicz, representante do Abrigo São Lázaro, em Fortaleza. (fonte: Diário do nordeste).
4. Mangue Seco Guriu
Mangue é uma região de transição entre o bioma marinho e o terrestre. São ambientes salobros onde costuma haver uma mistura de agua salgada e de água doce. A vegetação precisa se adaptar para sobreviver nesse local e, como o terreno é pobre em oxigênio, as raízes saem do solo, ficando expostas. Para nós, turistas, é uma paisagem encantadora!
Nas épocas secas e quando a maré está baixa, é possível apreciar ainda mais esse espetáculo: o Mangue Seco Guriu.
Os moradores da região aproveitaram as raízes para construir balanços e plataformas para fotos, deixando o local bastante instagramável!
Você consegue subir nas escadinhas para alcançar os balanços, que são bem altos! Apenas tome cuidado para caminhar por lá pois o solo lamacento é bem escorregadio.
Existem lojinhas de artesanato e vendedores de água e refrigerantes. Ficamos por lá uns 20 minutos, tempo suficiente para as fotos.
5. Dunas de Tatajuba
O passeio segue pelas belíssimas Dunas de Tatajuba. É possível descer algumas dunas bem íngremes, trazendo um pouco de emoção ao passeio. Embora o visual das dunas sempre me encante, se você já visitou Lençóis Maranhenses ou mesmo Natal, não achará nada muito surpreendente nessa parte do tour.
Para quem está com crianças, é possível fazer alguns passeios “radicais”. Na primeira parada, é possível fazer “skibunda” nas dunas, sem cair em nenhuma lagoa. A brincadeira custa R$ 20 por pessoa.
6. Tirolesas e Tobogã
Mais à frente, já numa lagoa, é possível descer o tobogã que acaba com um banho refrescante. Por R$ 25, você pode descer 3 vezes a atração. Haja fôlego para subir a duna todas essas vezes!
A Tirolesa não estava funcionando. Parece-me que houve algum acidente recentemente e a atração está fechada.
Geralmente, o passeio encerra-se numa outra lagoa próxima a essa da foto, a Lagoa de Tatajuba ou Lagoa Grande. Lá você encontra vários restaurantes que oferecem o cardápio ao vivo, ou seja, você escolhe sua refeição na bandeja do garçom. Entretanto, segundo nosso guia, essa lagoa estava muito seca, por isso, nos sugeriu esticar o passeio até a Lagoa da Torta por um custo extra.
7. Riacho Tucunduba
Seguimos, então, no sentido oeste margeando o riacho Tucunduba, com uma paisagem bastante interessante. Não fizemos nenhuma parada.
8. Vila de Tatajuba e Praia de Tatajuba
O passeio passa por dentro da Vila de Tatajuba e fizemos uma rápida parada na praia de mesmo nome. Infelizmente o tempo estava fechando, então, só molhamos os pés na água!
O que posso dizer é que o mar é transparente e estava bem calmo, apesar da região ser conhecida pelos seus ventos, importantíssimo para a prática de Kitesurf.
9. Dunas Fixas (Petrificadas)
Continuando o nosso trajeto, passamos por algumas interessantes formações, conhecidas como “dunas petrificadas”.
As dunas petrificadas ou fosseis são diferentes das demais pois não se movimentam com o vento. Correspondem a um estágio do processo de evolução da areia solta para o arenito.
Não é permitido subir nas dunas, por isso, não sei o quanto elas são petrificadas! De qualquer forma, é fácil perceber a diferença em relação às dunas do Parque Nacional de Jericoacoara.
10. Lagoa da Torta (Tatajuba)
Um pouco mais à frente, encontramos o ponto alto do passeio: a Lagoa da Torta.
A Lagoa da Torta é bem parecida com a Lagoa do Paraíso (passeio leste), mas bem menos turística. Possui alguns restaurantes mais simples, porém as famosas barracas na beira da água e as redes coloridas estavam presentes.
A água da lagoa é bem clarinha e quente. Entretanto, como estava chovendo neste dia, a lagoa havia perdido um pouco da transparência e, consequentemente, do seu charme.
Nosso guia nos levou à Barraca da Torta, que costuma ser ponto de apoio para motociclistas e outros viajantes da Rota das Emoções. Como disse anteriormente, a barraca é bem simples, mas o atendimento foi muito bom. Experimentamos alguns petiscos que estavam saborosos e o preço justo (esqueci de anotar!).
Ficamos poucas horas por lá, pois o tempo não estava ajudando. A chuva dava tréguas muito curtas, por isso preferimos voltar logo para o hotel.
11. O retorno à Jericoacoara
O retorno é feito pelo mesmo caminho da ida. Infelizmente, chovia bastante e, os pingos de água, associados ao vento, na área externa do bugre, eram bastante dolorosos. Confesso que não curtimos muito a paisagem; só queríamos chegar em casa!
Resumindo
O passeio do lado oeste de Jericoacoara é interessante para quem nunca conheceu dunas de areia ou para quem estiver viajando com crianças, ávidas por brincar nessas formações. Caso contrário, eu aproveitaria meus dias de viagem na própria praia de Jericoacoara ou nas Lagoas Azul ou do Paraíso (passeio leste).
Importante dizer que as belezas naturais do passeio oeste não se comparam às do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses ou às Dunas de Jenipabu (Natal). O preço também é caro para a experiência.