Belém é uma cidade incrível. A capital da Amazônia é rica em natureza, história e gastronomia. Na região central de Belém, você encontra estas três coisas. A propósito, é lá onde estão as principais atrações turísticas da cidade. Como eu fiquei num hotel localizado na região central, foi muito fácil visitar estes pontos.
Nem de todas eu gostei, mas, se você vai a Belém, não pode deixar de visitá-las e tirar suas próprias conclusões.
Em um único dia você percorre estes principais pontos turísticos. Durante o por do sol, entretanto, você deverá optar por visitar o Portal da Amazônia, ou apreciá-lo no Mangal das Garças ou ainda, fazer um Passeio de Barco.
- O ponto negativo do centro é a insegurança. Evite transitar à noite pelas ruas da região central ou pelo Portal da Amazônia, quando estiver ermo. Tenha também cuidado com o seu celular em locais como o Mercado do Ver-o-Peso. Andei por todos esses lugares sem ter qualquer problema, mas não é bom arriscar. Se for o caso, use um taxi ou uber para percorrer alguns trechos.
Confira o roteiro e a nossa experiência a seguir. São 12 pontos de interesse na região central.
1. Parque Mangal das Garças
Na minha opinião, o Mangal das Garças é a principal atração de Belém. É o local mais bonito e bem cuidado da capital paraense. Estava ao lado de nosso hotel: menos de cinco minutos caminhando de porta a porta.
O principal atrativo são os diversos animais: as garças, borboletas, patos, aves, araras etc. Me encantei, especialmente, com as cores das araras e com a delicadeza das garças.
A entrada do parque é gratuita, mas lá dentro há 4 atrações pagas: o Memorial Amazônico da Navegação; o Farol de Belém, uma torre de observação de 47 metros; o Viveiro das Aningas (Aviário); e o Borboletário. O preço é de R$ 5,00 por atração. Se quiser fazer as 4 atrações, você paga R$ 15,00 pelo pacote.
Não deixe de subir na torre pois a vista de lá é incrível!
No parque há ainda um dos mais recomendados restaurantes de Belém, o Manjar das Garças.
Ao lado, há um mirante, bem próximo ao rio, onde algumas pessoas se juntam para apreciar o por do sol.
Por fim, há um pavilhão, o Armazém do Tempo, um galpão de ferro que era usado pela ENASA (Empresa de Navegação da Amazônia S/A) como oficina mecânica e atualmente funciona como um espaço para exposições. Quando visitamos, havia uma exposição sobre a cultura indígena.
- Curiosidade: Os paraenses costumam ir ao parque para tirar fotografias. Não se surpreenda se você vir formandos, debutantes, noivos, grávidas, crianças aniversariantes etc. tirando fotos profissionais no parque.
2. Catedral da Sé
A Catedral Metropolitana de Belém, também chamada de Catedral da Sé, é a sede da arquidiocese de Belém. A catedral em estilo barroco-colonial levou 23 anos para ser construída (1748-1771). A igreja destaca-se pela sua bela fachada e decoração interior. Vale uma visita!
3. Museu Corveta Solimões
Trata-se de um navio construído em 1954 e que operou pelas águas da Amazônia até ser aposentado em 2003, quando foi atracado em frente à Casa das 11 Janelas. O preço do ingresso é R$ 4,00, mas no dia em que visitamos, a entrada era franca.
A visita ao navio é guiada. Marinheiros te levam para conhecer os diversos compartimentos do navio, tais como, alojamentos, cozinha, sala de armamentos, sala de máquinas, convés etc. Definitivamente, não sirvo para ser marinheiro!
4. Casa das 11 Janelas
O palacete construído no século XVIII como residência de Domingos da Costa Bacelar, proprietário de um engenho de açúcar. Atualmente, é sede do Museu de Arte Moderna e Contemporânea. Conforme o próprio nome diz, o edifício de dois pisos destaca-se pelas suas 11 aberturas dispostas simetricamente (fonte: wikipedia).
5. Forte do Presépio
Passeamos pela região do Forte do Presépio, mas este estava fechado quando chegamos.
O Forte do Presépio ou Forte do Castelo foi erguido em 1616 pelos portugueses para proteger Belém, a cidade que acabara de ser fundada. A propósito, em 1615, os portugueses tinham acabado de vencer os franceses no Maranhão.
- “Ao chegar a Belém vindo de São Luís do Maranhão, com três navios e 200 homens sob seu comando, Castello Branco identificou a necessidade de construir algum tipo de edificação que pudesse proteger sua tropa e a cidade em que acabava de ocupar. Tão logo chegou, começou a erigir uma fortificação de taipa e palha, guarnecendo-a com doze peças de artilharia. Nela colocou o nome de Forte do Presépio de Belém, um tributo ao dia de Natal, data em que saíra do Maranhão. No interior do forte foram construídos alojamentos para a guarnição, pois havia o temor de eventuais contratempos com os índios tupinambás, bem como a possibilidade de uma invasão dos ingleses e holandeses.”
A fortificação está localizada na Ponta de Maúri, na confluência do Rio Guaianá com a Baía de Guajará, demarcando a entrada do porto e o canal de navegação que ladeia a Ilha das Onças, em Belém (fonte: Fundaj).
6. Mercado Ver o Peso
De lá, são 5 minutos caminhando até o Mercado Ver-o-Peso. A dica que nos passaram é visitar o mercado bem cedo, no momento em que comercializam os peixes.
- Dica: há relatos de turistas furtados no mercado. Evite tirar fotos com o celular no local, pois a chance de você voltar sem seu aparelho é muito grande!
Apesar de famoso, não gostei muito do lugar. Achei um pouco medonho.
7. Estação das Docas
A Estação das Docas está a poucos metros do mercado Ver-o-Peso. É um local restaurado. Muito bonito, limpo e agradável para os turistas. É composta por diversos galpões, com diversos restaurantes e outras pequenas lojas. A agência de turismo Valeverde fica logo na entrada.
- Almoçamos no restaurante Lá em Casa, que fica num dos galpões. Buffet R$ 62,00 incluindo sobremesa. Tinha muitas comidas típicas como maniçoba, vatapá e filhote mas a comida é apenas razoável; não tem uma boa relação custo-benefício. Aliás, vários dos restaurantes na estação das docas tinham preços um pouco salgados.
Aproveitamos para comprar o ticket (antecipado) na ValeVerde Turismo para o passeio Orla ao Entardecer, que ocorre todo dia às 17:30hs.
8. Sorveteria Cairu
Não deixe de provar um sorvete na Sorveteria Cairu, uma das mais famosas de Belém. Sugestões de Sabores: Cupuaçu, Manjar, Carimbó, Amendoim. Todos Excelentes! Preço: R$ 7,00 a bola (mas vem com quase 2 bolas).
O carimbó é um mix de tapioca, castanha do pará e cupuaçu. Sensacional!
- Há outra sorveteria famosa em Belém, a IceBode. Provamos os seus sorvetes, mas nem se comparam com os sabores da Cairu. Na verdade eu não gostei! Por isso, não recomendo!
9. Portinha
Portinha é uma lanchonete muito famosa, que vende salgados e bolos. O preços, entretanto, não são baratos. Um salgado custa R$ 7,00. Sinceramente, eu não gostei dos salgados, mas os bolos de castanha com chocolate estavam deliciosos… vale a pena? Não!!!
- Ponto Negativo: O lugar é pequeno, lotado e a atendente estava de mau humor.
10. Portal da Amazônia
É uma orla construída às margens do Rio Guamá, onde jovens e famílias se reúnem no final da tarde.
- Dica: Por razões de segurança, evite visitar o Portal da Amazônia em períodos em que o local estiver ermo.
11. Passeio Orla ao Entardecer
O passeio dura 1h30min e custa R$ 50,00. Navega pela Baía do Guajará e pelo Rio Guamá. Bom para assitir ao por do sol e apreciar músicas e danças típicas do Pará. A guia, muito simpática, nos deu algumas dicas sobre locais e passeios na cidade.
12. Jantar no Restaurante Paprika
Paprika é restaurante italiano que fica ao lado da Catedral da Sé. Decidimos jantar no restaurante. Pedimos um Risotto Gorgonzola, mas estava bem mais ou menos. O restaurante tinha várias mesas reservadas e o atendimento não era muito bom.
Resumindo…
A região central de Belém é onde ficam as principais atrações da capital paraense. Num único dia, você pode explorar os seus principais pontos turísticos. Nem todos recomendamos a visita.