Filipinas é um país asiático, relativamente pequeno, com mais de 7 mil ilhas. Por lá, você encontra incríveis belezas naturais, muita história e pessoas simpáticas. A Ilha de Cebu (Cebu Island) é uma dessas ilhas, que conhecemos durante a nosso roteiro pelo país, que incluiu, também, Manila e El Nido.
Passamos três dias incríveis por lá, realizando várias atividades e descobrindo os seus principais encantos. Tive a oportunidade de fazer uma das atividades de ecoturismo mais prazerosas que já fiz na vida. Já conto qual foi, mas adianto que o ponto forte da Ilha de Cebu são as cachoeiras.
Confira os relatos dessa aventura, confira as nossas dicas, e inspire-se!
Sobre as Filipinas, leia também:
- Nadando com tubarões-baleia em Oslob, Filipinas
- Onde ficar na Ilha de Cebu? Confira opções econômicas!
- Onde ficar em Manila? Um hotel no melhor distrito!
- El Nido – Ilhas e praias paradisíacas nas Filipinas
- Manila – dicas e roteiros na capital das Filipinas
Chegando à Ilha de Cebu – Cebu City
A melhor forma de chegar à Ilha de Cebu é de avião, pousando no Aeroporto Internacional Mactan-Cebu (CEB), que serve a cidade de Cebu (Cebu City). O aeroporto recebe voos domésticos e internacionais, com ligações, principalmente, para os países da Ásia: China, Taiwan, Japão, Coréia do Sul, Malásia, Singapura e Tailândia.
A companhia aérea Emirates opera no terminal internacional. É possível fazer um voo do Brasil (de São Paulo e do Rio de Janeiro) para Cebu, com uma única conexão em Dubai.
No meu caso, cheguei de um voo doméstico a partir de El Nido, na Ilha de Palawan. O voo é operado pela Air Swift com aeronaves ATR 42-600. A companhia é muito boa, mas os preços não são baratos. Já falamos sobre ela no artigo sobre El Nido.
Cebu City é a segunda maior cidade das Filipinas, com mais de 900 mil habitantes, perdendo apenas para a Região Metropolitana de Manila. É também a cidade mais antiga do país. Por lá, os espanhóis instalaram os primeiros assentamentos e a cidade de Cebu foi a primeira capital do país.
Dentre as atrações da cidade de Cebu, encontram-se:
- o Forte São Pedro,
- a Basílica Menor do Santo Niño de Cebu,
- o Templo Taoísta,
- o Templo de Leah,
- o Tops Lookout (um mirador no alto de um morro) e
- o Jardim de Flores Sirao.
Entretanto, eu não conheci a cidade. A Luciana, que viajou conosco, fez um city tour e aprovou. Para ela, vale a pena incluir Cebu City no seu roteiro. Um dia é suficiente.
Highland Adventures
A Highland Adventures é uma agência de viagens que viabilizou a nossa aventura pela ilha de Cebu. Existem pessoas que fazem o translado e o passeios por conta própria, mas eu, sinceramente, não recomendo.
Fechamos um pacote com a empresa que incluía o translado do aeroporto até nosso hotel em Moalboal (ida e volta) e os passeios durante mais dois dias inteiros. Os almoços e o hotel estavam excluídos. O preço foi de 7.950 pesos filipinos por pessoa (equivale atualmente a 625 reais).
A agência é muito boa, os preços razoáveis e os guias muito profissionais. O guia Sonny, a propósito, foi excepcional!
Nosso único problema foram os atrasos no pick-up, tanto no aeroporto, quanto no primeiro dia de passeio. Reclamamos com a agência e o problema não mais se repetiu.
Internet móvel: Houve também dificuldade na comunicação. Por isso, é muito importante comprar um chip de celular que funcione nas Filipinas.
- Para verificar as avaliações da agência Highland Adventures, clique aqui.
Onde ficar na Ilha de Cebu, Filipinas?
Nos hospedamos no The Blue Orchid Beach Resort, em Moalboal. Faço uma avaliação deste resort e faço algumas recomendações de hospedagem num post específico.
Dia 1
Translado entre o Aeroporto e Moalboal
No primeiro dia, fizemos o trajeto entre aeroporto e o nosso hotel em Moalboal. Como falei, contratamos um pacote com a Highlands Adventures que incluía o pick-up no aeroporto. O nosso transporte atrasou uns 30-40 minutos.
O percurso é de 100 quilômetros, mas dura, no mínimo, três horas. As estradas são estreitas e congestionadas, cruzando várias vilas e cidades.
O motorista constantemente desvia de pedestres, bicicletas e triciclos que trafegam em velocidade baixa pela via. Achei até um pouco perigoso. Em razão disso, não recomendo alugar um carro.
No retorno ao aeroporto, recomendo alocar 5 horas para esse trajeto em função do trânsito, que pode variar conforme o dia e horário.
Por sorte, chegamos ao resort a tempo de jantar e depois descansar. O dia seguinte seria movimentado!
Dia 2
O nosso dia começou cedo. O pick-up no hotel estava previsto para as 7hs da manhã. Como falei, nosso veículo atrasou bastante. Tivemos que conversar com o dono da empresa.
Kawasan Falls
A primeira atração do dia foram as Kawasan Falls, um conjunto de belíssimas cachoeiras de cor azul turquesa localizadas em Badian. É, simplesmente, uma das atrações mais bonitas e mais incríveis que já visitei.
Por lá, praticamos o “Canyoneering”, que é a exploração progressiva de um rio ou cânion, podendo envolver caminhadas, saltos, natação, rapel e rafting. Nas Kawasan Falls, entretanto, ficamos apenas nas três primeiras.
Naquele calor das Filipinas, o Canyoneering é uma atividade extremamente prazerosa e é feita na companhia de um guia, o que nos faz ficar mais tranquilos.
Partimos da sede da Highland Adventures e subimos de moto até o topo de um morro. Antes, pegamos um capacete e um colete salva-vidas. Eu trouxe, por conta, uma dry bag, uma câmera GoPro e meu celular num protetor contra água.
Lá em cima do morro, fizemos uma caminhada até a entrada das cachoeiras.
A partir daí, começamos a descer o rio, saltando nos lagos ao longo dos cânions, nadando e caminhando pelas pedras ao redor.
No início, os saltos são pequenos (3 a 4 metros) e, ao longo do percurso, eles podem ficar mais altos. No final, você pode fazer um salto de 9 metros. Num dos pontos mais interessantes do trajeto, você desce de costas em um escorregador nas pedras.
Dica: nos finais de semana, as Kawasan Falls ficam lotadas e, em razão disso, não são permitidos os saltos. O ideal é visitá-las em dias de semana e chegar cedo. De qualquer forma, a agência cuida de tudo isso.
O guia nos auxiliou orientando todo o trajeto e indicando os pontos onde pular. Além disso, carregava a nossa dry bag e filmava alguns de nossos pulos. Não sei se é permitido fazer o canyoneering por conta própria. De qualquer forma, devido aos riscos envolvidos na atividade, recomendo que você contrate uma agência ou guia licenciado.
O percurso total é de 3 a 4 horas, mas, não se preocupe pois o tempo voa. O que é bom dura pouco!
Enfim, chegamos a uma parte mais baixa com a cachoeira que é o cartão-postal das Kawasan Falls. É a mesma do salto de 9 metros. Quem quiser, pode fazer um passeio de bambu até a cachoeira.
Nessa região, há toda uma estrutura com mesas e restaurantes. Depois dessa aventura, eu só queria saber de comer um peixe delicioso e tomar uma cervejinha San Miguel.
Após o almoço, seguimos caminhando até a saída do complexo. É um boa caminhada passando por vários córregos, mas o trecho é mais plano.
Ilha do Pescador (Pescador Island)
Das Kawasan Falls, seguimos para o píer de Moalboal. Era hora de pegar um barco até a Ilha do Pescador, uma pequena ilhota próxima a Moalboal que é um ponto maravilhoso para se fazer snorkeling. A profundidade é de uns 4 a 5 metros.
Quando eu coloquei a cabeça na água, de máscara, eu disse: Uau! Que incrível!
Eram belos peixes de cor azul que não dava para acreditar!
Tinham também os corais. Mas, fiquei impressionado mesmo foi com as belas tartarugas gigantes que deslizavam naquelas águas cristalinas. Confira nosso vídeo!
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Sardinhas e Tartarugas no fundo do mar
Da Ilha do Pescador, seguimos para outra área do mar, bem mais profunda. Por lá, fizemos snorkeling para observar uma colônia de sardinhas.
É muito agradável observar as formas criadas pelo cardume. Elas fazem uma trajetória circular e se desviam dos mergulhadores.
Além disso, observamos tartarugas no fundo do mar, mas não foi muito fácil encontrá-las.
Um dos marujos do nosso barco conseguiu seguir algumas das tartarugas e registrar alguns momentos. Confira!
Entretanto, ele estava sem os equipamentos de mergulho. Por ter mergulhado fundo e subido muito rapidamente, acabou sofrendo com a descompressão.
Por do Sol no Hotel
No final do dia, seguimos para o hotel e apreciamos o por do sol.
Sem dúvida, o dia foi um dos mais incríveis que já vivi em todas as minhas viagens.
Dia 3
No terceiro dia em Cebu, acordamos cedo, mas não foi possível tomar o café da manhã no hotel. Nosso motorista já estava lá. Valeu ter “brigado” com a agência.
Nosso veículo, dessa vez, era uma van.
Seguimos para Oslob, um município no outro lado da ilha. Tivemos que contornar o sul da ilha de Cebu para chegar lá. O trajeto era de 2 horas. Aproveitei para dormir mais um pouco.
Nadando com os tubarões-baleia em Oslob
Oslob é um dos pontos nas Filipinas famoso para a observação dos tubarões-baleia (Whale Sharks Watching).
O tubarão-baleia é o maior peixe vivo do planeta, podendo chegar a 12 metros de comprimento. O nome do animal está relacionado ao seu tamanho, comparável ao de uma baleia. Os que conhecemos em Oslob, entretanto, tinham em torno de 4 metros de comprimento. São belos animais de cor cinza repletos de pontos brancos.
Chegamos cedo em Oslob. Nem havíamos tomado o café da manhã. As atividades costumam ocorrer até 11 ou 12 horas, mas desde as 6hs, o local está cheio de turistas.
Os ingressos custam 1.000 pesos filipinos para estrangeiros, mas já estavam incluídos no nosso pacote com a Highland Adventures.
O primeiro passo foi receber um briefing num centro de apoio. Logo depois, você pega a sua máscara de snorkeling e colete salva-vidas e segue para um barco a remo. O barco é aquele típico das Filipinas, tendo uma estrutura de madeira em volta para dar maior estabilidade à embarcação.
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Chegando à área de interação, a 50 metros da costa, os turistas lá permanecem durante 30 minutos.
Fomos orientados a não deixar a área de estrutura de madeira em volta do barco.
A experiência é muito agradável. É muito bonito poder ver, nadar e apreciar os dóceis tubarões-baleia, apesar de todas as controvérsias e de todas as regras que devemos cumprir.
Sumilon Island
Sumilon Island é uma ilha de 24 hectares, nas proximidades de Oslob, famosa por suas praias de areia branca e pelos seus pontos de mergulho. As praias mudam constantemente de formato e de lugar. Por sua vez, os pontos de mergulho se destacam por sua visibilidade excepcional, com belos recifes e uma grande variedade de espécies marinhas.
Na ilha, encontra-se o famoso Bluewater Sumilon Island Resort, onde você pode se hospedar ou fazer, tão somente, um day use.
Terminando nosso passeio com os tubarões-baleia, tomamos café da manhã num dos estabelecimentos locais, e seguimos para a Ilha.
Chegando lá, aproveitamos, tão somente, a praia de areia branca. O tempo era curto.
Não achei algo excepcional, mas valeu ter conhecido a ilha. O tempo estava nublado. Jamais conseguiria uma foto como aquelas belíssimas que você encontra na internet.
De lá, seguimos para a vila de Samboan.
Aguinid Falls, em Samboan
As Aguinid Falls são um conjunto de cachoeiras, em diversos níveis, ao longo do Rio Tangbo. O rio é rico em cálcio e isso confere à rocha e à água das cachoeiras um tom levemente verde e que torna a água um pouco mais quente que a de outras quedas.
São cinco níveis de cataratas. Algumas delas são extremamente relaxantes.
O ponto alto do trajeto é a escalada de uma imensa cachoeira que é feita com a ajuda de uma corda.
Espero que você não tenha medo de água. Guias locais ajudam voluntariamente no trajeto e tirando fotos. Esperam e merecem uma gorjeta.
Binalayan Falls, em Samboan
As Binalayan Falls também são conhecidas como Hidden Falls, pois a cachoeira fica ao final de uma trilha pela mata. As cachoeiras são em vários níveis e formam deliciosas piscinas naturais.
Da mesma forma que na anterior, há guias voluntários que ajudam no trajeto e nos ajudam com as fotos, merecendo uma gorjeta.
Essas cachoeiras são muito próximas às Aguinid Falls (3 minutos de carro).
Retorno e Translado para o aeroporto
Ainda tínhamos mais uma atração em nosso itinerário: as Inambakan Falls, em Ginatilan. Entretanto, estávamos muito cansados e decidimos “pular” essa atração e retornar para o hotel.
Chegamos no hotel por volta das 15hs. Aproveitamos para almoçar. Pelo horário, foi quase um jantar.
Às 18 horas, partiríamos para o aeroporto. A van da agência chegou pontualmente. Apesar de decolarmos a 1 hora da manhã, a antecedência se justificava. Era antevéspera de ano novo e a estrada poderia estar lotada. Não podíamos arriscar.
E voamos, então, para Bangkok, na Tailândia, onde passamos o Ano Novo.
Na bagagem, levávamos uma experiência inesquecível da Ilha de Cebu e, também, das Filipinas. A vontade era de um dia voltar. Vamos?
Simplesmente amo ver essas reportagens sobre Filipinas , meu esposo é de lá..já fui tbm..local de paisagens belíssimas e e de uma cultura ancestral …muitos…mas muitos locais bonitos e com histórias para contar
Parabéns pela viagem e que bom que gostou
Salamat
Edina, nós amamos a Filipinas! É um lugar que com certeza queremos voltar! Se tiver alguma dica, deixe aqui nos comentários! Bjo